sábado, 14 de junho de 2014

Plantão da Copa



“Interrompemos seu momento de tédio na fila do Guanabara para trazer algo que nem a Rede Globo sabe.”
Ontem, o mundo ficou boquiaberto com a partida entre Holanda e Espanha. Era indiscutível a quantidade de homens bonitos por grama pisada, contudo o placar final que foi a grande notícia do segundo dia de Copa. Poucos esperavam uma vitória da Holanda, quase ninguém imaginava uma goleada laranja sobre os vermelhos, exceto minha tia Betinha que cravou 5 a 1 no bolão da família, mas tudo porque seu neto sujou de papinha a tabela e ela leu Estônia ao invés de Espanha.
Terminado o massacre holandês, todos os noticiários perguntavam as mesmas coisas: “Qual o segredo da Holanda?”, “Onde a Espanha errou?” e “Quantas brechas já foram encontradas na organização da Copa pelo advogado do Fluminense na tentativa de colocar o clube já na segunda fase?”. Duas dessas perguntas foram respondidas até o início desta manhã, exceto a primeira. Mas nós temos o segredo e vamos contar: O segredo da Holanda foi a preparação feita em típicas atividades de turistas.
Resistência: Os jogadores passaram o dia todo levando “caldos” nas praias do Rio de Janeiro. Foram sucessivos tombos e quase afogamentos que deixaram os jogadores com fôlego extra para correr toda a partida como se fossem garotos de 15 anos.
Velocidade: O treino era simples, mas de alta complexidade, comer um queijo coalho na praia antes que ele ficasse frio e borrachudo. No início, todos os atletas acharam ser impossível completar tal façanha, muitos sequer conseguiam chegar à metade e lá estava aquele pedaço esbranquiçado de látex queimado sujo de orégano. Contudo, depois de inúmeras tentativas, eles descobriram a manha do carioca para finalizar tal feito, comer fora da barraca, debaixo do sol, mastigando pouco e com grandes goles de cerveja para ajudar a empurrar mais rápido.
Trabalho em equipe: Após o dia na praia, os jogadores tiveram de se manter unidos para conseguir chegar ao hotel. No percurso encararam adolescentes pedindo fotos, autógrafos, camisas, que fizessem um filho neles etc. Foram abordados também por trombadinhas tomando as mesmas coisas pedidas pelos adolescentes.
Ginga e jogo de cintura: A tarefa desta atividade era permanecer no Bar Balcony, reduto das putas autônomas de Copacabana, por mais de três horas e desviar das abordagens nada discretas e agressivas das profissionais que ali frequentam.
Dizem pelas ruas da cidade que a delegação de Portugal tentou imitar a preparação holandesa, mas pelo que foi visto, é possível que não obtenham muito sucesso, pois trocaram só um pouco as coisas.
Resistência: Chegar ao hotel sem levar tombos ou se afogarem no calçadão de Copacabana.
Velocidade: Comer o máximo de putas do Bar Balcony em três horas.
Trabalho em equipe: Ficaram todos abraçados enquanto encaravam as ondas e quase houve um afogamento coletivo.
Ginga e jogo de cintura: Tentaram vender queijo coalho para adolescestes e trombadinhas.
Vamos ver no que vai dar.