quinta-feira, 25 de julho de 2013

Cobertura da JMJ 2013 - Rio de Janeiro






Neste plantão falaremos de como a organização do JMJ distribuiu os peregrinos pela cidade. A principal preocupação era manter todos da mesma nacionalidade em um único local e, de preferência, em locais que lhe proporcionassem a sensação de estar em casa e serem bem recebidos.

- Os peregrinos norte-americanos ficaram satisfeitos com a escolha da Barra da Tijuca. Disseram que as avenidas, condomínios e shoppings remeteram demais a Miami. Confessaram não gostar nem um pouco da cafona réplica da Estátua da Liberdade no shopping de nome cafona New York City Center, mas ao mesmo tempo ficaram emocionados com o carinho e preocupação da organização ao espalhar peregrinos ilegais de Porto Rico e Costa Rica pelo bairro;

- Os peregrinos japoneses também ficaram satisfeitos com a possibilidade de ficar hospedados em um único vagão do Ramal Pavuna em horário de pico. Aquele aperto, empurra-empurra e falta de espaço foi bastante aconchegante para todos;

- Os peregrinos paraguaios agradeceram pelas cedidas instalações do camelódromo da Uruguaiana, mas ao mesmo tempo disseram que a escolha foi prejudicial, pois acabaram perdendo todos os eventos já que optaram por ficar por lá vendendo cigarro contrabandeado;

- No momento da chegada dos peregrinos russo, houve protesto no aeroporto com direito a confronto com a Polícia Militar. Ao se deparar com tantas pessoas usando máscara de gás, a comitiva russa agradeceu à recepção, mas disse que foi um pouco exagerado remeter a Chernobyl;

- Os peregrinos portugueses gostaram bastante de ficar em São Cristóvão. Local histórico relacionado à própria cultura portuguesa, vários imigrantes que lá moram há tanto tempo, comida típica e ruas com nomes de grandes heróis portugueses. Só não entenderam o motivo das receptivas e agradáveis mulheres que os receberam na Quinta da Boa Vista não terem bigode, mas sim pênis;

- Os peregrinos ingleses são, de longe, os mais satisfeitos com a calorosa recepção chuvosa, cinza e gelada. Vai entender;

- Os peregrinos franceses foram todos deslocados para o Jardim de Alah, no bairro nobre da Lagoa. Lá, foram recebidos por Bruno Chateaubriand com água benta Perrier e hóstias feitas pelo Alex Atala. Narcisa, que seria também a outra pessoa responsável pela recepção, teve de ser retirada do local por falta de decoro. Acharam um pouco excessivo por parte dela ficar gritando: “Ai que pai-nosso! Ai que ave-maria! Ai que amém!”;

- O mais delicado foi com os peregrinos espanhóis. Como se sabe, já tem algum tempo que diversos brasileiros são barrados na estrada da Espanha por motivos subjetivos e/ou questionáveis. Por conta disso, criou-se a tensão de que, como retaliação, seriam todos barrados aqui também. Mas a organização mostrou-se bastante superior quanto a isso e os recebeu impecavelmente, hospedando todos na Pavuna.

Voltaremos em breve. Logo após descobrirmos onde hospedaram as peregrinas suecas.